quarta-feira, 28 de setembro de 2011

- O Relevo

            O relevo terrestre corresponde às diversas configurações e diferenças de nível da superfície terrestre: montanhas, planaltos, planícies, depressões etc. Ele é resultante da atuação dos agentes internos (vulcanismo, tectônismo e abalos sísmicos) e externos (temperatura, chuva, ventos, águas correntes, geleiras e seres vivos).
No território brasileiro, os terrenos acidentados, de formação geológica cristalina, são muito antigos e desgastados pela erosão, possuindo altitudes modestas. O país não possui cadeias montanhosas ou dobramentos. Como vimos, isso decorre do fato de o Brasil encontrar-se no centro de uma placa tectônica. Já as bacias sedimentares brasileiras são constituídas de terrenos relativamente aplainados, de idades geológicas recentes em seus estratos superiores (terciários e quaternários).

Embora existam classificações anteriores, somente na década de 40 foi criada uma classificação do relevo brasileiro considerada coerente com a realidade do nosso território. Ela foi elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo e levava em conta as cotas altimétricas, definindo planalto como um terreno levemente acidentado, com mais de 200 metros de altitude, e planície como uma superfície plana, com altitude inferior a 200 metros. O Brasil tem oito unidades de relevo. Os planaltos ocupam 59% da superfície do território, e as planícies, os 41% restantes.

No final da década de 50, o professor Aziz Ab’Sáber, discípulo de Aroldo de Azevedo, promoveu alteração nos critérios de definição dos compartimentos do relevo. A partir de então, passou-se a considerar planalto uma área em que os processos de erosão superam os de sedimentação, e planície, uma área mais ou menos plana, em que os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas altimétricas.

No território distinguem-se três compartimentos:

v    Planalto: é um compartimento de relevo com superfície irregular e altitude superior a 300 metros, no qual predominam processos erosivos em terrenos cristalinos ou sedimentares.

v    Planície: é um compartimento de relevo com superfície plana e altitude igual ou inferior a 100 metros, no qual predominam acúmulos recentes de sedimentos.

v    Depressão: é um compartimento de relevo mais plano que o planalto, no qual predominam processos erosivos, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros.

             Em síntese, o relevo brasileiro apresenta as seguintes características:
 
· trata-se de um relevo de formação muito antiga e bastante trabalhado pela erosão;

· apresenta boa variedade de formas: planaltos, planícies e depresões;

·  apresenta altitudes modestas, visto que 93% de sua área total tem altitudes inferiores a 900  metros;

· o planalto é a forma de relevo predominante (58,5% da área total), seguido pela planície (41%). O pico da Neblina é o único ponto cuja altitude ultrapassa 3 mil metros.

           

- Estrutura geológica do Brasil


            Estrutura geológica são os diferentes tipos de rochas e minerais que compõem a crosta terrestre ou litosfera.

            Os tipos fundamentais de estrutura geológica são os escudos ou maciços antigos, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos.

            O território brasileiro é formado fundamentalmente por escudos ou maciços antigos e bacias sedimentares. Os dobramentos modernos não ocorrem no Brasil.

· Escudos - abrangem 36% da superfície territorial do país e formam dois grandes blocos: o escudo das Guianas, no norte do país e o escudo Brasileiro, no centro, leste e sul do país. Neles ocorrem as rochas magmáticas e metamórficas e as diversas jazidas minerais tais como ferro, manganês, bauxita, cobre etc.

· Bacias sedimentares - abrangem 64% do território brasileiro e estão representadas pelas grandes bacias (Amazônica, Meio-Norte, Paranaica, São-Franciscana, Pantanal) e pequenas bacias (Paulistana, Curitibana etc). Nelas aparecem as rochas sedimentares e os combustíveis fósseis.