No território brasileiro, os terrenos acidentados, de formação geológica cristalina, são muito antigos e desgastados pela erosão, possuindo altitudes modestas. O país não possui cadeias montanhosas ou dobramentos. Como vimos, isso decorre do fato de o Brasil encontrar-se no centro de uma placa tectônica. Já as bacias sedimentares brasileiras são constituídas de terrenos relativamente aplainados, de idades geológicas recentes em seus estratos superiores (terciários e quaternários).
Embora existam
classificações anteriores, somente na década de 40 foi criada uma classificação
do relevo brasileiro considerada coerente com a realidade do nosso território.
Ela foi elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo e levava em conta as cotas
altimétricas, definindo planalto como um terreno levemente acidentado, com mais
de 200 metros de altitude, e planície como uma superfície plana, com altitude
inferior a 200 metros. O Brasil tem oito unidades de relevo. Os planaltos
ocupam 59% da superfície do território, e as planícies, os 41% restantes.
No final da década de
50, o professor Aziz Ab’Sáber, discípulo de Aroldo de Azevedo, promoveu
alteração nos critérios de definição dos compartimentos do relevo. A partir de
então, passou-se a considerar planalto uma área em que os processos de erosão
superam os de sedimentação, e planície, uma área mais ou menos plana, em que os
processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas
altimétricas.
No território
distinguem-se três compartimentos:
v
Planalto: é
um compartimento de relevo com superfície irregular e altitude superior a 300
metros, no qual predominam processos erosivos em terrenos cristalinos ou sedimentares.
v Planície: é um compartimento de relevo com superfície plana e
altitude igual ou inferior a 100 metros, no qual predominam acúmulos recentes
de sedimentos.
v Depressão: é um compartimento de relevo mais plano que o
planalto, no qual predominam processos erosivos, com suave inclinação e
altitude entre 100 e 500 metros.
· trata-se de um relevo de formação muito antiga e
bastante trabalhado pela erosão;
· apresenta boa variedade de formas: planaltos,
planícies e depresões;
· apresenta
altitudes modestas, visto que 93% de sua área total tem altitudes inferiores a
900 metros;
· o planalto é a forma de relevo predominante (58,5% da
área total), seguido pela planície (41%). O pico da Neblina é o único ponto
cuja altitude ultrapassa 3 mil metros.